"Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.
Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo que exalou, morro abrasado.
Ambos de firmes anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.
Mas ai! que a diferença entre nós; choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro."
Gregório de Matos, utilizando de um dualismo sempre tende através da contradição expôr em seus poemas a importância pessoal das coisas. Para ele, o amor é mais forte ao lado do ódio, o frio é mais forte ao lado do calor e assim por diante. É dessa forma que o autor costuma explorar as características do estilo barroco. No soneto acima, o amor (neste caso concebido e perdido) é comparado à morte da amada, como se fosse uma oposição entre a luz (amor) e a escuridão (morte) . Veja que a morte da amada está em um sentido figurado, o que significa que amada entregou-se a outro amor, outro fogo, é isto que o poeta considera com morte. Vida, para o poeta é o amor que ele próprio sente. Vou resumir o poema de uma forma bem coloquial. " Pocha, Gata, como somos diferentes, enquanto tu és assanhada com os outros, eu que te amo, vejo o fogo do meu amor morrendo de frio por ti ao passo que quando tu esfrias o teu amor por mim, o fogo do meu amor por ti me consome"
Análise realizada por Tiago Foully Loreno
Gregório de Matos, faz uso de muitas metáfora para compor o poema. O mesmo segue uma linha barroca, romanticista. É lindo, como o poeta coloca as metáforas, como por exemplo transformar o abandono de sua amada em uma metáfora de morte. O poema explora de forma belíssima a relação de amor e ódio, luz e escuridão, a luz é mais forte na escuridão. Para o poeta quando sua amada o deixou ele morreu "abrasado" pelas chamas desse amor.
ResponderExcluirO poema é cheio de metáforas e rimas. Cada verso há rimas que criam uma sifônia por todo o poema.
ResponderExcluirGregório de matos também afirma que ele morre sem chegar a luz que adora: "Mas ai! que a diferença entre nós; choro, Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro." O amor dele morreu sem que ele chegasse a "luz", a luz seria o fogo que a amada de Gregório se perdeu.
Ele também destaca sobre aonde tem a diferença entre eles, parecem ser um casal muito libertino e parecido.
O poema é composto por rimas e metáforas,fazendo assim uma sinfônia no texto.O texto fala do amor dele a uma mulher que não conseguiu conquistar
ResponderExcluirneste soneto o autor faz o uso de varias figuras de linguagem de paradoxo ,ele compara seu amor ao um instinto de animal .Mostrando que tem um grande diferença entre ele e sua amada.
ResponderExcluirDemostra o seu amor pela amada numa forma de sofrimento .
Gregório é impressionante , nesse soneto ele nos demonstra seu amor de uma forma diferente do cotidiano , ele diz que o amor é mais primoroso do lado do ódio , e de certa forma isso faz muito sentido .
ResponderExcluirPessoal, vocês precisam ler o que escrevem antes de postar. Os problemas de redação prejudicam o entendimento do texto de vocês. A falta de pontuação também prejudica bastante. Marcos Guilherme, o que é uma linha barroca romanticista?
ResponderExcluirO autor expressa com metáforas a dor de perder sua amada. Não para a morte, mas para outra pessoa, outro amor. E essa dor é tanta, que não suporta viver sem ela.
ResponderExcluirApesar da enorme oposição entre o Arcadismo e o Barroco, da calma e amor, para um completo caos, o poema expressa um pouco das duas artes. A exaltação pela mulher, o bucolismo no passado. E quando ela o deixa, tudo se torna uma divergência de sentimentos.